Projeto descontinuado!

Apresentação

Popularizando e fomentando o ingresso de meninas sergipanas na área de Ciência da Computação, EC e SI visando a crescente demanda de profissionais no contexto estadual, nacional e internacional de TI (MCTI/CNPq/SPM-Processo 420160/2013-2)

Segundo Telles (2012), o Brasil enfrenta hoje um grave problema que é a falta de engenheiros. A área de Ciência da Computação (CC), Sistemas de Informação (SI) e Engenharia da Computação (EC), conhecida muitas vezes como área de Tecnologia da Informação (TI), está ligada intimamente às engenharias e tem constantemente indagado sobre a carência de profissionais capacitados nessa área estratégica no país e no mundo. Em 2007, Astfalk, cientista chefe da HP, já afirmava que a área de TI geraria uma grave crise no setor em um período de cinco anos, caso a demanda desses profissionais crescesse mais rapidamente que a formação dos mesmos pelas universidades (Computer World, 2007). Essa informação tem se confirmado. Em 2013, segundo a Cisco (em pesquisa realizada pela IDC-International Data Corporation (InfoEscola, 2013)), a falta desses profissionais já é latente no mercado. A IDC, ainda afirma que existe atualmente no Brasil uma carência de cerca de 39,9 mil profissionais de tecnologia: "Até 2015, esse número deve crescer para 117 mil vagas abertas sem que os empregadores encontrem profissionais qualificados para atendê-las" (INFOEXAME, 2013). Infelizmente, essa carência detectada não é privilégio brasileiro, mas ocorre em toda a América Latina, "até 2015, a demanda por profissionais nessa área deve superar a oferta em 27%", segundo a (INFOEXAME, 2013).

Atualmente na área de redes (subárea de CC, EC e SI), o Brasil tem 22 mil novos formandos, enquanto a demanda é por 40 mil. E segundo a (InfoEscola, 2013) esse número triplicará. Adicionando a esse cenário, a Microsoft afirma que a área de Computação em Nuvem (outra área de CC, EC e SI vinculada à redes de computadores e segurança da informação) irá criar 14 milhões de empregos até 2015 no mundo, segundo pesquisa IDC (Computer World, 2012).

A IBM também corrobora com essa perspectiva de demanda e, ainda acrescenta que considerando que hoje cerca de aproximadamente 1,5 bilhão de pessoas usam regularmente as redes sociais, é latente a necessidade de profissionais em tecnologias móveis, nuvem e segurança da informação (Computer World, 2013). A IBM afirmou que nos próximos 2 anos, 70% das empresas irão aumentar investimentos nessa área e necessitam profissionais qualificados (Computer World, 2013).

Popularmente, no Brasil quando fala-se da área da Engenharias e Computação, a mesma provoca a sensação de uma carreira árdua, difícil e com poucos atrativos, vulgarmente, descrito como "um bicho de sete cabeças" pelos alunos. Segundo Telles (2012), essa sensação deve-se ao mau preparo dos alunos em disciplinas como física, química e matemática no ensino médio, o que alimenta o receio relacionado à área. Outro problema latente é a evasão de profissionais do sexo feminino das universidades e consequentemente do mercado de trabalho. A Brasscom (BrasilMaisTI, 2013) demonstra o cenário dessa queda: (i) em 1984, o percentual de mulheres graduadas na área de Ciência da Computação chegou a 37%; (ii) em 1987, mulheres já representavam a taxa de 42% dos empregos relacionado ao desenvolvimento de software e 34% de analistas de sistemas na América (o que representou um aumento); (iii) porém já em 1990 a percentagem de 40% de mulheres na computação caiu vertiginosamente, atingindo valores abaixo dos 12% (segundo Associação de Investigação de Computação). Castro (2013), discute que os profissionais de TI do sexo feminino equivalem a menos de um 1/5 do total dos profissionais que compõem o setor de TI no Brasil. Ainda, conforme Huallen (2012), em 2009 a taxa de matricula de mulheres em cursos na área de TI era de somente 10%, representando ainda uma queda do interesse feminino pela área de TI. Em 2011, o índice sofreu um pequeno aumento e já representa 16,14% de mulheres atuando no mercado de TI, o que demonstra um novo crescimento frente a marca de 13% em 2010 (Quirino et al. , 2011).

Alguns motivos para a baixa representatividade feminina na área de TI e, consequente evasão, perpassam pela falta de exemplos femininos, como discutem Schwartz et al. (2006). Schwartz et al. ( afirmam que essa característica tem sido apontada como um dos fatores que leva à pequena participação das mulheres nas ciências, principalmente nas ciências exatas. Outros fatores discutidos por Quirino et al. (2011) avançam por temas mais polêmicos, como o preconceito e a dificuldade de conciliar a profissão e a família. Outro fator que corrobora para a evasão é a defasagem do salário feminino, que em cargos de gestão de Tecnologia da Informação, por exemplo, possuem remuneração até 23% menor que os homens (CanalTech, 2013).

Diante do exposto, verifica-se que existe um problema quanto ao gênero de que vem assumindo a área de TI no Brasil e no Mundo. Na tentativa de contornar esse problema políticas nacionais têm sido lançadas e implantadas visando diminuir o déficit de mulheres que migram para o setor de TI, criando, assim, novas diretrizes que guiam sobre as possibilidades da inserção da mulher no mundo científico e mercado de trabalho. Essas novas políticas de incentivo vão ao encontro da inserção da mulher visando também auxiliar a suprir a demanda de mão de obra na área de TI. Segundo pesquisas, "Se a escassez de mão de obra no setor de tecnologia da informação (TI) persistir, o Brasil pode deixar de arrecadar R$ 115 bilhões em receitas, em 2020", segundo (Agência Brasil, 2012). Ainda, afirma-se que nos próximos 3 anos, a "nuvem" estimulará a inovação e o empreendedorismo em TI movimentando 1,1 trilhão de dólares principalmente nos países emergentes, inclusive no Brasil (Computer World, 2012).

Nesse contexto esse projeto ora proposto abre uma frente de trabalho visando fomentar e incentivar que as jovens e futuras universitárias e empreendedoras sergipanas sintam-se preparadas a ingressar nos cursos de CC, EC e SI em nosso estado para posterior ingresso no mercado de trabalho dessa área.

Objetivos

Objetivo geral

Fomentar e incentivar que as jovens e futuras universitárias e empreendedoras sergipanas sintam-se preparadas a ingressar nos cursos de CC, EC e SI em nosso estado, e futuramente tornem-se membros ativas do mercado de trabalho da área.

Objetivos específicos

  • Pesquisar sobre a história das mulheres que atuaram em TI, no cenário local, regional, nacional e internacional;
  • Pesquisar sobre o histórico das evasões na área de TI no cenário local e regional (principalmente), incluindo também o nacional e internacional;
  • Pesquisar sobre políticas de fomento à mulheres na ciência & TI no contexto Brasileiro e Mundial;
  • Realizar pesquisa de campo sobre "como e porquê" as atuais universitárias da UFS escolheram a área de TI; (realizar também com o público masculino para mapear e analisar as diferenças);
  • Realizar pesquisa de campo sobre o que motiva as estudantes do ensino médio na escolha da carreira na área de CC, EC ou SI; (realizar a pesquisa com o público masculino para mapear a diferença);
  • Verificar e mapear por meio das pesquisas anteriores o que motiva o público feminino para a área;
  • Inserir os fatores motivadores nos jogos ou objetos de aprendizagem para uso nas disciplinas/matérias do Ensino Médio;
  • Realizar palestras com pessoas da área de TI sergipana mostrando pessoas ativas e bel sucedidas na área;
  • Criar enredos informativos para formalização de cartilhas de fomento à área no tocante principalmente a evitar a evasão de meninas dos cursos universitários;
  • Criar um portal de informações para divulgar iniciativas do projeto e conteúdo que incentivem as meninas sergipanas a ingressarem na área de TI.
Metas e Resultados

Metas

  • Aumentar o índice de ingresso de universitárias nos curso de TI da UFS e outras instituições no estado;
  • Auxiliar na diminuição dos índices de evasão de universitárias na área de TI;
  • Auxiliar o Brasil na política de migração de jovens para a área das engenharias e Ciência da Computação;
  • Adicionar Sergipe como agente ativo no aumento nos indicadores nacionais de profissionais que migraram para a área de Ciência da Computação e engenharias;
  • Popularizar a experiência para o Brasil por meio de conteúdo multimídia, na forma de páginas web e cartilhas.

Resultados

Fomentar e incentivar que as jovens e futuras universitárias e empreendedoras sergipanas sintam-se preparadas a ingressar nos cursos de CC, EC e SI em nosso estado, e futuramente tornem-se membros ativas do mercado de trabalho da área.

Equipe

Equipe Executora: Universidade Federal de Sergipe

Coordenação:

Maria Augusta Silveira Netto Nunes: Professor Adjunto IV do Departamento de Computação da Universidade Federal de Sergipe. Membro do Programa de Pós-graduação em Ciência da Computação (PROCC) na UFS. Pós-doutora pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Doutora em "Informatique pela Université de Montpellier II - LIRMM em Montpellier, França (2008). Realizou estágio doutoral (doc-sanduiche) no INESC-ID- IST Lisboa- Portugal (ago 2007-fev 2008).É mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1998) e possui graduação em Ciência da Computação pela Universidade de Passo Fundo (1995) . Possui experiência acadêmico- tecnológica na área de Ciência da Computação e Inovação Tecnológica-Propriedade Intelectual. . É bolsista produtividade DT-CNPq. Atualmente, suas pesquisas estão voltadas, principalmente na área de inovação Tecnológica usando Computação Afetiva na tomada de decisão Computacional, principalmente visando a personalização em ambientes de E-commerce via Sistema de Recomendação. Recomendação de equipes de trabalho em Empresas, e-training. Atua nas áreas de Inteligência Artificial, Interação Homem-Máquina, Computação Afetiva, Educação a Distância, Informática na Educação, Acessibilidade. Atua também em Inovação Tecnológica, Propriedade Intelectual capacitando empresários na área de TI e fornecendo consultoria em Ativos intelectuais na computação. Seus projetos acadêmico-tecnologicos, geralmente, são multidisciplinares (envolvem áreas como E-commerce, Psicologia, Tecnologia da Informação e Comunicação, Educação, Acessibilidade). Lattes. HomPage.

Edilayne Meneses Salgueiro: Doutora em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco (2009), Mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco (1997) e Bacharel em Ciências da Computação pela Universidade Federal do Ceará (1994). Atualmente é professora titular da Universidade Federal de Sergipe. Tem experiência de ensino em disciplinas das áreas de Linguagens de Programação e Redes de Computadores e atua desenvolvendo pesquisa nos seguintes temas: Avaliação de Desempenho de Redes de Computadores, Redes Definidas por Software, Alocação de Recursos, Justiça e Teoria dos Jogos. Participou em 2010 do Programa UCA - Um computador por ALUNO (CNpq), ministrando cursos e treinamentos aos professores das escolas sergipanas que participavam do programa. Lattes.

Aluna Bolsista (ITI-A):

Carolina Santana Louzada: Graduanda em Ciências da Computação pela Universidade Federal de Sergipe. Lattes.

Colaboradores:

Beatriz Trinchão Andrade: É graduada em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Sergipe (2006), e atualmente trabalha nesta mesma instituição como professora. Na UFS, tem atuado em iniciativas para a divulgação da Computação nas escolas de Sergipe e pesquisa tópicos relacionados à preservação da aparência e computação gráfica. Concluiu seu doutorado na Universidade Federal do Paraná (2013) com período sanduíche na Eberhard Karls Universität Tübingen, no qual pesquisou a captura e representação da aparência de objetos reais. Mestre em Informática na Universidade Federal do Paraná (2009), trabalhou na utilização de fotografias digitais de alta qualidade na preservação digital 3D de patrimônios culturais e científicos. Trabalhou na preservação de estátuas do artista Aleijadinho, projeto do grupo IMAGO (UFPR) em parceria com a UNESCO e o IPHAN. Suas áreas de interesse são Preservação Digital, Computação Gráfica, Visão Computacional e Processamento de Imagens. Lattes.

Wesckley Faria Gomes: Graduado em ciência da computação pela Universidade Federal de Sergipe (2012) e pós graduado em Desenvolvimento de Soluções Web pela Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe (2014). Atualmente atua como analista de sistemas na Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão do Estado de Sergipe. Lattes.

Equipe co-executora: Colégio Estadual Atheneu Sergipense

Pesquisadora (Bolsista ATP-A):

Patricia Soares de Lima: Possui graduação em Licenciatura em Química pela Universidade Federal de Sergipe (1995) tendo pós-graduação em Ensino de Ciências Química pela Universidade Federal de Sergipe e pós-graduação em Ciências da Natureza e suas Tecnologia pela Universidade Potiguar e Mestrado em Química pela Universidade Federal de Sergipe. Professora titular da Secretária do Estado de Educação SE, , lotada no colégio Estadual Atheneu Sergipense. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Métodos e Técnicas de Ensino, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino-aprendizagem, transformações, ensino aprendizagem, polímeros e modelos. Lattes.

Pesquisadora (Bolsista ATP-A):

Carolina Santana Louzada

Pesquisadora (Bolsista ITI-B):

Carolina Teodoro Rios

Pesquisadora (Bolsista ITI-B):

Fernanda Lemos dos Santos

Pesquisadora (Bolsista ITI-B):

Paola Eloá Guedes Feitosa

Pesquisadora (Bolsista ATP-A):

Patricia Soares de Lima

Contato
E-mail: gutanunes@gmail.com